O paulistano bem de vida que ia para Fernando de Noronha alugou casa com piscina em São Roque; o gaúcho que se perequitava para Nova York pegou chalé em Gramado. Depois de ser massacrado pela pandemia, o turismo nacional dá sinais de recuperação e abre espaço para novas oportunidades de negócio. Mais da metade (52%) alegam que evitarão alguns destinos e 81% reiteram que só farão reservas em hotéis e pousadas que forem totalmente transparentes na comunicação de todas as medidas de saúde e higiene implantadas.
A Confederação Nacional do Comércio estima crescimento de quase 20% nas receitas geradas pelo turismo em 2021. Se confirmada a projeção, será a maior taxa de expansão do setor em 11 anos.
Viabilizar estruturas com poucos recursos e favorecer as viagens em pequena escala, parecem como a única alternativa para saciar o desejo humano em descobrir e desfrutar do ambiente natural frente a pandemia. As mesmas viagens que até outrora eram desprezadas pelos grandes empreendimentos hoteleiros, pela falta de infraestrutura, são atualmente um diamante a ser moldado.
Viagem Pós Pandemia: 86% Dos Brasileiros Querem Voltar A Viajar Logo
Certamente além de consumir uma viagem mais consciente ele também estará disposto a participar ativamente da sua recuperação. Por vontade ou necessidade, os viajantes vão se voltar para o mercado interno.
Se a atual pandemia estiver em patamares mais controlados, uma segunda fase da recuperação do turismo deve acontecer em meados do primeiro trimestre do próximo ano. Há uma expectativa de que as viagens domésticas de longa distância, que precisam de transporte aéreo, vejam uma retomada. Diante das restrições e do distanciamento social, ter a oportunidade de conhecer novos lugares e culturas distantes sem sair da sua cidade foi uma alternativa encontrada por viajantes do mundo inteiro. Quando as medidas de isolamento e distanciamento social Praia da Pipa se tornaram necessárias para evitar a propagação da doença, os gestores viram o quanto a digitalização dos negócios é importante. Por conta disso, os destinos no mapa serão locais mais perto de casa, ou seja, viagens domésticas. Ser otimista é característica do brasileiro, mas não é recomendável neste ano, ainda mais sob as circunstâncias em que o país se encontra. Quanto mais cautelosos forem os empresários, observando os movimentos da economia, a evolução da vacinação e os padrões de consumo das famílias, melhores serão suas decisões.
Na parte de estadia, há quem diga que os hotéis levam vantagem em relação às plataformas de aluguéis como o Airbnb. Isso porque os hotéis conseguem adotar e fiscalizar medidas padronizadas de higiene, enquanto plataformas que alugam casas, não conseguem fazer o mesmo. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que, só no Brasil, este segmento deve ter perdas de mais de R$ 161 bilhões. Alguns criadores de conteúdo e YouTubers também aproveitaram para investir nesse segmento e compartilhar lugares, dividindo com o público um pouco da experiência de viagem.
Pousadas, agências receptivas e atrativos que puderem investir os empréstimos para elevar sua categoria, com certeza estarão mais propensos a receber a atenção do público A. É um cenário que se faz necessário vender para quem pode comprar primeiro e depois estruturar estratégias para outros segmentos, como veremos adiante. Mas quando, eventualmente, acontecer a retomada das viagens, essas serão realizadas pela camada socioeconômica menos atingida financeiramente pela pandemia. Pessoas que não perderam seus empregos ou que possuem empresas com saúde financeira suficiente para passar pela crise, além dos empresários que aproveitaram oportunidades e tiveram seus negócios potencializados nessa situação. A viagem em família será uma das prioridades dos brasileiros em relação ao turismo no período pós-pandemia. O problema é que essa é uma medida nada sustentável para os custos das empresas aéreas, sobretudo para as brasileiras, que possuem receita em reais e a maioria dos custos em dólar. Na semana passada, a Latam Brasil entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Turismo Nacional Pode Se Reinventar No Pós
O Brasil tem sol, praia, montanha, o que você quiser”, alegou, citando esforços federais pela preservação ambiental e o melhor aproveitamento de parques nacionais, a partir de concessões à iniciativa privada. Há uma grande demanda reprimida por viagens desde que o isolamento social passou a fazer parte das nossas vidas. Para você ter uma ideia, segundo o levantamento da Booking.com, 86% dos brasileiros dizem que darão ainda mais valor para suas viagens quando a pandemia terminar. É difícil pensar em algum setor da economia brasileira que não sofreu impactos desde que foi descoberta a Covid-19, sejam eles positivos ou negativos. Quando falamos sobre viagens, é certo que teremos grandes mudanças comportamentais no turismo pós-pandemia. Além da facilidade de ter tudo num só lugar, a MaxExperiências também torna mais cômoda a viagem para destinos diferentes dos que são oferecidos pelo mercado tradicional, como Amazônia, Chapada Diamantina e Jalapão. Portanto, se você está em busca de um destino na sua primeira viagem pós pandemia é o lugar.
Os dados mostram que os brasileiros estão na expectativa de voltar a fazer turismo o quanto antes, à medida que a vacinação contra o coronavírus avança no País. O objetivo foi compreender os hábitos de viagem dos brasileiros antes da Covid-19, as pretensões em relação ao turismo ainda este ano e quais as prioridades no período pós-pandemia. Garantia dos direitos do consumidor e impedimento de falência em massa das empresas do setor do turismo, por meio da Medida Provisória 948, 2020, já transformada em lei, que determinou as regras de cancelamento e remarcação de reservas tanto no turismo quanto na cultura. Razel destaca ainda a preocupação com a segurança como fator fundamental nas relações turísticas no pós-pandemia. Assim como o 11 de Setembro mudou para sempre a segurança dos aeroportos, vamos assistir a uma nova onda na segurança sanitária de locais de grande circulação de pessoas, ambientes fechados e principalmente nas fronteiras dos países. Pessoas que sofrem a partida de familiares próximos, geralmente, deixam de viajar. Tais situações são muito mais significativas e incomparáveis às perdas financeiras, estendendo ainda mais o prazo para a retomada das viagens.